Com iniciativa do Ministério da Economia, do governo federal, o Tesouro Nacional lançará, em agosto, um título que vai ajudar os pais a financiarem os estudos dos filhos. Com investimento mínimo de R$ 30, famílias vão investir durante a juventude dos filhos e receber rendimentos durante cinco anos, para arcar com gastos educacionais. Continue lendo e saiba com detalhes como irá funcionar o auxílio.
Poupança para os estudos
Segundo informações da CNN, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, anunciou que títulos públicos voltados ao ciclo educacional serão lançados em agosto. Segundo ele, esses papéis vão possibilitar que famílias de baixa renda possam se preparar para financiar a educação dos filhos.
Ceron definiu o novo título do Tesouro Direto como “um instrumento efetivo para a quebra do ciclo de pobreza”. O Tesouro trabalha junto à bolsa de valores brasileira (B3) para desenvolver o instrumento. A ideia do papel é incentivar as famílias a terem uma poupança com o objetivo de, no futuro, pagar a faculdade de seus filhos.
“Quando o filho nasce você pode começar esse processo de investimento, que é feito por 18 anos. A aposta é que o produto seja uma grande referência de poupança das famílias para o ciclo universitário”, explica o secretário.
As famílias poderão fazer o investimento durante 18 anos, mas isso não será necessariamente uma regra, já que o período de tempo varia de acordo com a idade do jovem. O investimento mensal mínimo para os pais seria de R$ 30.
A poupança acumulada e adicionada à rentabilidade de longo prazo seriam, então, pagos às famílias como uma renda fixa durante cinco anos (abrangendo o ciclo universitário). O dinheiro poderá ser usado para pagar mensalidades de uma faculdade privada ou para arcar com outras despesas do curso superior.
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Diversificação de títulos
Renda+
O Tesouro Nacional vem diversificando a oferta de títulos com papéis de condições especiais. O Renda+ foi lançado em janeiro e é considerado um sucesso. Os investimentos no papel atingiram no dia 3 de julho mais de R$ 1 bilhão em estoque.
O Renda+ permite ao investidor planejar uma data para aposentadoria e receber uma renda extra mensal pelo período de 20 anos. A renda, proporcionada pelo acúmulo de títulos ao longo dos anos, é corrigida mensalmente pela inflação.
Segundo o Tesouro, o papel tem o objetivo de garantir uma renda complementar e segurança para as aposentadorias, além de trazer ganhos em educação financeira para a sociedade brasileira.
Títulos “Verdes”
Também no segundo semestre, o Tesouro fará sua primeira emissão de títulos públicos “verdes” — papéis que abrangem a pauta ESG. A diferença entre uma emissão comum e uma emissão “green” é o compromisso do emissor com a agenda de sustentabilidade.
“Hoje há um grande interesse nessas pautas [voltadas ao ESG], o mundo todo quer o incentivo à transição ecológica. Com isso, os investidores aceitam uma taxa de juros um pouco menor para esses títulos — caso você acolha compromissos com essa agenda”, explica Ceron sobre a vantagem destes papéis.
“Na emissão tradicional não há qualquer compromisso para a aplicação daquele recurso. Pagamos a taxa de juros para os investidores e acabou. Na sustentável, eu vou além, eu tenho compromissos sustentáveis”, explica Ceron.
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