Era para ser mais um dia comum na vida de Scott Lockard. Como parte de sua rotina diária foi para o seu trabalho no Oklahoma Humane Society (Sociedade Humanitária de Oklahoma), um centro de adoção no estado norte-americano de Oklahoma. Contudo, ao chegar na porta do prédio se deparou com uma bolsa pendurada à maçaneta e o que encontrou o encheu de tristeza. Saiba mais sobre a triste história logo abaixo.
Surpresa triste, mas comum no trabalho de Scott
Assim que se aproximou da bolsa de alça preta e detalhes transparentes, Scott se apressou em conferir seu interior, pois já fazia ideia do que se tratava. Ao confirmar a suspeita, prontamente o homem se entristeceu. Fechado dentro da bolsa estava um pequeno cachorro marrom, muito parecido com os da raça Pinscher, famosa em terras brasileiras.
Segundo Scott, a cena pode ser inusitada para muitos, mas para ele infelizmente não o é, já que episódios parecidos com este infelizmente acontecem com frequência no centro de adoção. Segundo o rapaz, é comum chegar ao prédio e encontrar um animal abandonado preso à porta.
No entanto, por já estar acostumado com essa triste realidade rotineira, Scott pôde se recuperar rápido da tristeza que sentiu ao ver mais um animal abandonado e socorrê-lo com rapidez. O cãozinho recebeu todo o carinho e atenção que o antigo dono não lhe proporcionara, como um bom banho e uma alimentação de qualidade.
Segundo informações do portal The Dodo, ao socorrer o animal, Lockard teve a oportunidade de conhecer mais do bichinho e analisar seu estado. Scott afirmou que a pequena cadela estava muito nervosa, mas ainda assim tinha um temperamento doce.
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Identidade revelada
Além do bichinho dentro da bolsa, foi encontrado um papel molhado dentro da caixa de transporte do animal. Ao abrir, a identidade da pequena cadela foi revelada.
“[No papel] dizia: ‘O nome dela é Maris, encontre um bom lar para ela’”, disse Lockard.
Em suas redes sociais, a instituição de resgate publicou uma foto de Maris no Facebook, com o intuito de chamar a atenção para a necessidade de abrigo para cães sem-teto.
“Não publicamos a foto para chamar especificamente as pessoas que deixaram o animal de estimação”, disse Roshelle Anderson, gerente de marketing da Oklahoma Humane Society, ao The Dodo. “Mas sim para chamar a atenção para um problema maior que nossa comunidade enfrenta.”
No momento, Maris segue a espera de uma família adotiva para proporcionar todo amor, carinho e cuidado que ela merece.
Nos EUA, maus-tratos contra animais pode render 20 anos de cadeia
O triste episódio ocorrido em Oklahoma, mas que acabou tendo um final feliz, traz à tona o debate sobre como a justiça lida com os maus-tratos à animais.
Nos Estados Unidos, além de uma lei federal, 50 estados têm uma legislação específica para tratar da crueldade contra animais, de acordo com a organização Animal Legal Defense Fund. Ainda conforme a organização, em seis estados ; Alabama, Carolina do Sul, Georgia, Louisiana, Vermont e Virginia ; a pena para quem maltrata animais pode chegar a 10 anos de cadeia. Já no Texas, os agressores podem ficar 20 anos na cadeia, em caso de reincidência.
No Brasil, a lei que pune os maus-tratos a animais é a 9.605, de 12 de fevereiro de 1998. O artigo 32 prevê pena de detenção, de 3 meses a 1 ano, e multa para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos”. Em caso de morte do animal, a pena pode ser aumentada de um sexto a um terço.