Novas regras para comprar na Shein e Shopee que podem te ASSUSTAR

Costuma comprar na Shein? Uma nova determinação governamental abalou o universo das compras on-line realizadas em sites estrangeiros pelos brasileiros. Se você tem o costume de adquirir produtos inovadores e tecnológicos principalmente da China, saiba que novas diretrizes estão prestes a alterar significativamente esse cenário.

Novas regras para comprar na Shein e Shopee que podem te afetar
Os brasileiros têm o hábito de comprar roupas da Shein, um famoso site estrangeiro de compras. Crédito: @jeanedeoliveirafotografia / noticiadamanha.com.br

Novas regras para comprar na Shein e Shopee?

A atenção dos brasileiros sempre foi atraída pela diversidade e inovação dos produtos disponíveis em sites estrangeiros. Além disso, a vantagem econômica se mostrava evidente, principalmente nos canais de venda internacionais populares como Shein e Shopee. No entanto, a questão da taxação desses produtos tornou-se objeto de intenso debate recentemente.

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No último dia 30, uma reviravolta se concretizou. O Ministério da Fazenda emitiu uma portaria publicada no Diário Oficial da União, estabelecendo novas diretrizes para compras feitas em sites estrangeiros. A medida estabelece que, para compras com valor acima de US$ 50, o equivalente a cerca de R$ 240 na cotação atual, será cobrada uma taxa referente ao produto importado.

A nova portaria detalha que a cobrança da taxa será dispensada apenas nos casos em que a empresa vendedora faça parte do Programa Remessa Conforme da Receita Federal. A regra entrará em vigor no dia 1° de agosto do ano corrente, sendo avaliada bimestralmente pelo Ministério da Fazenda para adequação a possíveis novas regras ou atualizações necessárias.

As controvérsias em torno da nova taxação não são recentes. No início do ano, muitas mercadorias foram retidas no porto alfandegário, impedindo que o produto chegasse até o comprador. Apesar de um breve período de análise e suspensão da taxa, o governo agora retoma a implementação da medida.

Essas mudanças, no entanto, já estão repercutindo no mercado e trazendo novidades. A Shein, uma das principais plataformas de vendas citadas, está buscando uma alternativa para contornar as novas taxações no país. Impulsionada pelo investimento, a empresa decidiu abrir uma fábrica de roupas no Rio Grande do Norte.

A notícia foi confirmada por Josué Gomes, diretor-presidente da Coteminas, que afirmou a prática da parceria para fornecer todo o material necessário. Ele anunciou que a produção na nova fábrica se concentrará principalmente em jeans, produtos de brim em geral e malhas de algodão. Importante frisar que a fábrica da Shein será localizada em Macaíba, enquanto as oficinas de costura estarão espalhadas pelo estado.

Essa decisão da Shein de abrir uma fábrica no Brasil representa uma importante mudança estratégica da empresa em resposta à nova taxação. Além de contornar as tarifas, a empresa também estará mais próxima do mercado consumidor brasileiro, o que pode trazer vantagens tanto em termos de redução de custos de entrega quanto de tempo de entrega.

Em meio a esse novo cenário de taxação de compras realizadas em sites estrangeiros, os consumidores e as empresas estão sendo forçados a se adaptar. Sepor um lado a medida pode gerar descontentamento entre os consumidores brasileiros acostumados com a facilidade e a diversidade de produtos disponíveis nesses sites, por outro, abre uma janela de oportunidades para que as empresas se reinventem e busquem alternativas que contornem essas barreiras.

Nova tendência no mercado

A decisão da Shein de investir na produção local, por exemplo, pode ser o primeiro passo de uma nova tendência que poderá se consolidar no mercado online brasileiro. Se outras empresas seguirem essa estratégia, poderíamos presenciar um significativo aumento na oferta de produtos de marcas internacionais fabricados localmente. Uma consequência positiva seria a geração de empregos e o estímulo à economia local.

No entanto, ainda é cedo para afirmar que essa será a regra. As negociações internacionais são complexas e envolvem diversas variáveis que podem influenciar na tomada de decisão das empresas. Ainda assim, o anúncio da Shein mostra que as empresas estão dispostas a buscar alternativas inovadoras para continuar atendendo ao mercado brasileiro, mesmo diante das novas taxações.

A portaria emitida pelo Ministério da Fazenda claramente abala a dinâmica das compras online realizadas em sites estrangeiros pelos brasileiros. Os próximos meses serão decisivos para entender como as empresas e os consumidores irão se adaptar a essa nova realidade. A certeza que fica é que estamos diante de uma mudança significativa no mercado online brasileiro, que poderá trazer tanto desafios quanto oportunidades para todos os envolvidos.

De um modo ou de outro, a economia global e a forma como consumimos produtos e serviços estão em constante transformação. A medida adotada pelo Ministério da Fazenda é apenas mais um episódio dessa contínua evolução. Ainda que cause desconforto no curto prazo, a longo prazo, tais mudanças podem trazer benefícios e avanços, desde que haja uma adaptação inteligente e estratégica por parte das empresas e dos consumidores.

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