Idosos no WhatsApp – Embora as pessoas com mais de 65 anos tenham adotado com entusiasmo aplicativos populares como Google Maps e WhatsApp, uma recente pesquisa revelou que eles ainda enfrentam desafios na configuração de suas smart TVs ou no uso de assistentes de inteligência artificial (IA). Este estudo ressalta a necessidade de aumentar o suporte para o aprimoramento das habilidades digitais nessa faixa etária.
Mais idosos estão aderindo a tecnologias como o WhatsApp
O estudo, que analisou a capacidade de mil pessoas com 65 anos ou mais para realizar tarefas tecnológicas, revelou algumas descobertas interessantes. Verificou-se que, embora 64% dos entrevistados se sentissem confortáveis enviando mensagens no WhatsApp, apenas 12% demonstraram confiança ao explorar o aplicativo de compartilhamento de vídeos TikTok.
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Essa falta de confiança na interação com novas tecnologias parece ter várias origens. Quarenta por cento dos entrevistados acreditam que não lhes foi demonstrado como utilizar adequadamente essas tecnologias, enquanto 29% acreditam que a tecnologia é muito complicada e avassaladora.
A pesquisa também revelou que quase um quinto dos entrevistados (19%) teria sua confiança na utilização da tecnologia digital aumentada se alguém lhes mostrasse como usá-la. Esses resultados destacam a importância de fornecer aos idosos orientação e treinamento adequados sobre o uso da tecnologia.
Victoria Johnson, porta-voz do BT Group, um conglomerado britânico que busca informar milhares de idosos sobre tecnologia, comentou os resultados. “A tecnologia pode abrir muitas portas. No BT Group, estamos trabalhando com a instituição de caridade britânica AbilityNet para oferecer mais de 1.000 sessões de treinamento em grupo e individuais para aqueles que mais precisam em regiões do Reino Unido”, disse Johnson.
Esses esforços parecem extremamente necessários, pois a pesquisa sugere que as pessoas mais velhas tendem a ter dificuldades com a tecnologia digital. Apenas 13% classificaram sua capacidade tecnológica como “muito boa” e apenas um em cada 20 concordou fortemente que tenta se manter atualizado com as últimas tendências e avanços da tecnologia digital.
O estudo também explorou os métodos preferidos de assistência tecnológica entre os idosos. Mais da metade (52%) pediria ajuda aos filhos se precisassem de auxílio com tecnologia, enquanto cinco por cento simplesmente desistiriam. No entanto, apesar desses desafios, 91% dos entrevistados usam regularmente um telefone celular e 56% dos maiores de 65 anos são usuários de um tablet.
Tempo online
Os resultados também indicaram que os idosos passam uma média de 20 horas por semana online, o que equivale a pouco menos de três horas por dia. Em termos de mídias sociais, o Facebook (65%) é a plataforma preferida, seguido pelo YouTube (34%) e pelo Instagram (16%). O Snapchat, por outro lado, é usado por apenas 2% dos maiores de 65 anos.
Victoria Johnson, do BT Group, acrescentou: “Para os mais jovens – especialmente aqueles na geração Z, ou ainda mais jovens – a tecnologia sempre fez parte de suas vidas. Muitos terão crescido com a internet, smartphones e serviços de streaming desde o dia em que nasceram. Esses são enormes avanços digitais aos quais as pessoas nascidas décadas antes terão que fazer grandes ajustes, então não é de admirar que ainda haja lacunas em seu conhecimento.”
Sarah Brain, porta-voz da AbilityNet, também falou sobre os resultados da pesquisa: “Esta pesquisa continua a mostrar a necessidade de suporte para habilidades digitais para a geração mais velha, para garantir que eles se sintam equipados e confiantes para gerenciar suas vidas diárias e permanecer conectados ao mundo exterior.” O apoio do BT Group na oferta deste treinamento em habilidades digitais é uma medida positiva para ajudar a reduzir a divisão digital.
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