O código de trânsito brasileiro em seu artigo 218 vai legislar acerca de uma das infrações mais comuns que há: Transitar em velocidade superior à máxima permitida para o local, medida por instrumento ou equipamento hábil, em rodovias, vias de trânsito rápido, vias arteriais e demais vias. Ou seja, se uma via a velocidade máxima permitida for 60km/h, o condutor não deve trafegar em velocidades maiores, lembrando que existe uma margem de segurança, para garantir que o aparelho não errou na aferição. Mas agora, os radares devem ficar ainda mais modernos e conseguir multar os condutores de longe, entenda.
Eles vão usar conceitos da física para auxiliar na fiscalização
Você já deve ter visto na prática o efeito Doppler, por mais que não saiba a teoria por trás dele. Basicamente, o fenômeno em questão ocorre quando há um movimento relativo entre uma fonte sonora e o observador, lembrando que ele não ocorre apenas com o som, também pode ocorrer com outras ondas. Entenda mais sobre ele.
Imagine que você está em uma calçada, quando de repente, um veículo vem em sua direção buzinando bastante, a impressão que fica, é que a buzina está quase tocando em você, além disso, o som fica bem alto e agudo. Ao passo que quando o mesmo veículo começa a se distanciar, o som fica mais grave e baixo, como se a buzina que antes estava quase ‘tocando’ em você, fosse se afastando.
Isso ocorre pelo efeito Doppler, quanto mais perto está a fonte sonora e o observador, as ondas sonoras vão ficando uma mais perto da outra, o que resulta no som agudo, e quando a distância aumenta, elas são esticadas e o tom fica grave e mais leve.
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Como esse princípio da física pode ser aplicado aos radares?
A aplicabilidade do princípio em questão é bem simples, os radares vão conseguir aferir a tonalidade do som dos carros, com isso, haverá como saber a velocidade que ele estava, com isso, haverá como identificar os condutores que deixam para frear apenas quando está bem próximo do radar, somente para não pagarem multa, todavia, quando passam dele, aceleram novamente.
Ou seja, de acordo com as diferentes tonalidades do som, há como identificar a velocidade média do veículo. No Brasil, a tecnologia já existe em algumas cidades, como Curitiba e São Paulo, mas, a tendência é que nos próximos anos mais cidades adotem o novo modelo de radar. Lembrando que em Curitiba, só há 1 radar igual esse que foi citado.
Por fim, a nova tecnologia será de suma importância para que os números de acidentes no trânsito venham diminuir, pois isso irá motivar os condutores não frear apenas próximo aos radares, mas sempre andarem com uma velocidade compatível com a via. Somente no ano passado, mais de 3 mil pessoas foram atropeladas no Brasil e na maioria das vezes, isso ocorre porque o veículo está em uma alta velocidade e acaba não identificando o pedestre e o acidente acontece.
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