Estudo mostra que 40% dos casos de demência estão ligados a estes hábitos

O Modifying Dementia Risk, grupo que compõe o Departamento de Psiquiatria da Universidade de Oxford, fez uma descoberta extremamente interessante, a respeito de 12 fatores de risco muito específicos e seus impactos nos casos de demência. Sendo que, como identificado, 50% destes fatores, em média, possuem relação direta com estilos de vida e hábitos que são perfeitamente modificáveis.

Para o estudo realizado, a equipe de especialistas considerou riscos relativos e ainda as chamadas estimativas de prevalência, que foram estabelecidas por meio do relatório da comissão de Lancet.

Inclusive, como citado no documento, os tratamentos para os casos de demência são muito limitados. Portanto, identificar e reduzir os fatores de risco que de fato são modificáveis é uma das formas mais eficazes de tornar mais baixas as futuras taxas da demência em questão.

Estudo mostra que 40% dos casos de demência estão ligados a estes hábitos
Os casos de demência estão ligados, por exemplo, à obesidade | Imagem: Robina Weermeijer / unsplash.com

Quais são os fatores de risco ligados aos casos de demência

Os especialistas responsáveis pelo estudo em questão elencaram exatamente 12 fatores de risco em potencial, que tendem a contribuir para que os casos de demência progridam:

1.       Traumatismo cranioencefálico;

2.       Baixa escolaridade;

3.       Obesidade;

4.       Perda da audição;

5.       Consumo de álcool em excesso;

6.       Depressão;

7.       Pressão alta (hipertensão);

8.       Diabetes;

9.       Isolamento social;

10.   Fumo;

11.   Exposição às impurezas do ar (poluição);

12.   Falta de atividade física.

Como conclusão, constatou-se que a redução de apenas 15% no que diz respeito à prevalência de alguns fatores de risco já seria suficiente para evitar milhares de casos de demência.

Um dos pesquisadores, por sinal, pontuou que, especificamente no que diz respeito à obesidade, e tendo o ano de 2020 como base, esta redução de 15% resultaria em uma taxa de 3,1% na redução dos casos em questão. E isso, para o ano citado, seria o mesmo que menos de 180.000 casos, em média.

Por fim, a equipe que realizou o estudo pontuou a importância de existirem esforços por parte das políticas públicas, no que diz respeito a diminuir a obesidade e estimular a atividade física. Inclusive, nos Estados Unidos, estes dois fatores, somados à pressão alta, são os que mais interferem nos casos de demência.

Veja também: Sintoma de doença motora pode causar CONSTRANGIMENTO ao paciente

Relembrando o que vem a ser a demência, afinal

De fato, é extremamente importante entender um pouco mais a respeito de quais são os fatores que podem contribuir para que os casos de demência sejam maiores. E, mais importante do que isso, obviamente, é buscar trabalhar cada fator a fim de que casos deste tipo não venham a ser um problema futuramente.  

Ocorre, porém, que muitas pessoas nem mesmo sabem do que se trata a demência propriamente dita.

E a explicação para isso não poderia ser mais simples:

Trata-se de uma disfunção, por meio da qual o indivíduo apresenta confusão mental e perda de memória, por exemplo. Infelizmente, é algo que pode durar por toda a vida e não necessariamente possui cura, embora os tratamentos possam surtir bons efeitos.

Para identificá-la, é imprescindível a realização de exames acompanhada devidamente da opinião de um médico especializado.

Veja também: Sete em cada dez casos de diabetes tipo 2 estão ligados a este hábito