Os golpistas estão cada vez mais atentos às diferentes formas de conseguir obter dinheiro de suas vítimas. E a “bola da vez”, agora, é o uso do reconhecimento facial, conforme explicado em uma reportagem da Tilt.
Nela, Camilla Gomes de Araújo, uma jovem publicitária de 30 anos, declara quase ter caído em um golpe dentro desse contexto: tudo começou por meio do WhatsApp, onde uma suposta entrega, feita por uma floricultura, foi agendada.
Ocorre que, no ato da entrega, o entregador pediu que o reconhecimento facial fosse feito para confirmar o recebimento, dizendo esse ser um pedido padrão da empresa, a fim de assegurar a segurança da operação financeira.
Camilla então concordou em fazer o procedimento, além de fornecer alguns dados pessoais, sem desconfiar de nada, uma vez que seu aniversário estava próximo e, portanto, poderia se tratar de um presente de pessoas conhecidas.
Cabe frisar, porém, que durante a conversa no WhatsApp os criminosos já mostraram ter acesso a alguns de seus dados, incluindo o endereço.
Como os golpistas estão utilizando o reconhecimento facial para tirar dinheiro das pessoas
Nesse golpe, assim como em muitos outros, os golpistas buscam se passar por diversas empresas, para enganar suas vítimas e, assim, realizar transações em nome delas.
Nesse novo golpe, especificamente, é solicitado que a vítima em questão faça o reconhecimento facial, para que um serviço ou produto possa ter sua entrega confirmada. Porém, o que muitas pessoas nem desconfiam é que as imagens coletadas são usadas para fazer diversas transações.
Um exemplo disso é o caso de Camilla: no momento em que solicitou o reconhecimento, o golpista estava com a tela de um financiamento de um carro de R$ 90 mil aberta, restando somente a foto dela para efetivar a movimentação.
Ela afirma que ele fez 3 tentativas de foto, até finalmente conseguir, e que tinha uma fita preta escondendo metade da tela do aparelho. Ao ser questionado, o criminoso disse estar com a tela em questão rachada.
Porém, debaixo da fita estavam os dados do financiamento em si, aberto junto ao banco no qual a vítima possui conta.
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Nesse caso, o golpe envolvendo reconhecimento fácil não deu certo
Exatamente 2 dias após a suposta entrega, Camilla recebeu uma mensagem de seu banco, a parabenizando pelo carro financiado.
Prezando por sua proteção financeira, ela imediatamente fez um B.O. (Boletim de Ocorrência) e procurou o gerente de sua conta, a fim de conseguir o cancelamento da transação. Então, depois de 2 semanas, a compra de fato foi cancelada.
Trata-se de um exemplo claro da importância de buscar se proteger de golpistas que agem não só por meio da solicitação do reconhecimento facial, mas, também, por meio de outras “artimanhas” para tirar dinheiro das vítimas.
Em casos como esse, é imprescindível desconfiar da solicitação, e tentar entrar em contato com a empresa envolvida, para ver se ela realmente existe.
Ainda, em casos de receber mensagens suspeitas, é importante que o cidadão capture a tela e, se achar necessário, recorra à polícia para fazer um boletim de ocorrência.
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