É praticamente automático: com a chegada de um novo ano, os brasileiros esperam também por um novo salário-mínimo que, via de regra, começa a ser pago logo no primeiro dia de janeiro.
E, no que diz respeito a 2023, não foi diferente.
Desde o primeiro dia do ano os trabalhadores brasileiros estão recebendo R$ 1.302, pelo menos, por suas atividades laborais. E, se os planos de Luiz Inácio Lula da Silva (PT – Partido dos Trabalhadores) derem certo, no próximo mês esse valor terá um acréscimo de R$ 18, chegando a R$ 1.320.
A data prevista para a mudança, por sinal, foi o dia 1 de maio, nacionalmente conhecido como o Dia do Trabalhador. Mas, mesmo antes de sabermos se esta iniciativa do novo presidente da República de fato dará certo, uma nova proposta já foi apresentada, podendo aumentar o valor para quase R$ 1.500 por mês.
Do que se trata o novo salário-mínimo de quase R$ 1,5 mil
Ao contrário do que muitas pessoas estão imaginando, a proposta para que o novo salário-mínimo chegue a quase R$ 1.500 não partiu necessariamente dos políticos.
Trata-se, na verdade, de uma iniciativa de nada menos que 8 centrais sindicais, que se reuniram a Luiz Marinho, atual chefe no Ministério do Trabalho, no último dia 3 (segunda-feira).
No documento entregue para análise do Governo Federal, os idealizadores da proposta deixam claro as necessidades atuais dos trabalhadores brasileiros, solicitando que o novo salário-mínimo seja de R$ 1.474.
Mas, ao contrário do pedido de Lula, esse valor, se aprovado, seria pago somente a partir de março, e não agora em 2023.
Outro ponto importante, utilizando como forte argumento das centrais sindicais, diz respeito à importância de o novo valor ser calculado tanto com base no PIB (Produto Interno Bruto) quanto considerando o índice relacionado ao repasse de preços para o consumidor (INPC).
As 8 centrais envolvidas na proposta são:
1. Central Única dos Trabalhadores, mais conhecida como CUT
2. Central dos Sindicatos Brasileiros, ou simplesmente CSB
3. Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil, reconhecida pela sigla CTB
4. União Geral dos Trabalhadores, representada pela sigla UGT
5. Pública Central do Servidor
6. Intersindical
7. Força Sindical
8. Nova Central Sindical dos Trabalhadores, cuja sigla é NCST
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As chances desse aumento considerável não são animadoras
Apesar de realmente ser animador um novo salário-mínimo de quase R$ 1.500, não parecem grandes as chances de que tal proposta venha realmente a ser aprovada.
De acordo com os dados da Instituição Fiscal Independente (IFI), por exemplo, esse aumento considerável no valor repassado aos trabalhadores brasileiros poderia prejudicar, e muito, as contas públicas.
Seriam R$ 60 bilhões relacionados ao impacto causado, pelo menos.
Já no que diz respeito a outras variáveis, o déficit poderia ser de pouco mais de R$ 94 bilhões.
Vale lembrar, ainda, que sempre que surge um novo salário-mínimo o Governo Federal também precisa repassar o reajuste para benefícios como a aposentadoria, o que precisa ser feito com muito planejamento.
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