Os aposentados do INSS (e também os pensionistas) têm a oportunidade de fazer a contratação de empréstimos consignados, praticamente a partir do momento em que se tornam beneficiários do Governo Federal.
Ocorre, porém, que as condições por meio das quais esse produto é oferecido ficam vulneráveis a mudanças, assim como qualquer outro produto financeiro existente.
Atualmente, tem havido um grande debate a respeito desse consignado, mais especificamente em relação ao seu teto de juros. E, uma vez que o Governo ainda não bateu o martelo a respeito, não é de se espantar que os aposentados, os pensionistas e suas respectivas famílias fiquem preocupados com o que o futuro lhes reserva.
Mais detalhes sobre esse assunto tão importante, e sobre o debate relacionado a ele, podem ser conferidos na leitura a seguir.
As mudanças estão relacionadas às taxas de juros para aposentados do INSS
O empréstimo consignado ao qual os beneficiários do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) têm acesso funciona como qualquer outro empréstimo consignado.
Ou seja: uma vez contratado, ele tem o valor de suas parcelas debitadas automaticamente, de forma mensal, diretamente do valor total do benefício.
Mas, o que pode ser uma vantagem, por conta da praticidade, pode ser também um problema, devido à taxa de juros com a qual os aposentados do INSS precisam lidar.
E é justamente sobre esse tema que tem havido grande debate.
A princípio, já havia sido anunciada a alteração de 2,14% ao mês para 1,7% ao mês, no que diz respeito ao consignado em si, e de 3,06% para 2,62%, no que diz respeito ao cartão de crédito.
Porém, Fernando Haddad, que atualmente chefia o Ministério da Fazenda, afirma ter identificado problemas gerais nessa decisão, o que pode levar a uma demora para que informações definitivas possam ser divulgadas.
No último dia 24, sexta-feira, representantes bancários que trabalham com a oferta de empréstimo consignado para pensionistas e aposentados do INSS estiveram com técnicos do governo paulista, a fim de analisarem propostas sobre o tema.
Espera-se que, de modo geral, ainda essa semana (no dia 28 de março, mais especificamente) uma decisão final acerca do teto de juros desse empréstimo seja definida pelo Conselho Nacional de Previdência Social.
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Como está a situação no momento
Quando foi anunciada, na semana passada, a mudança de porcentagens acima citada fez com que diversos bancos que trabalham com empréstimo consignado deixassem de oferecer esse produto para os aposentados do INSS.
E, à época, somente quatro instituições bancárias já trabalhavam com teto de juros considerado justo pelo governo, sendo elas:
- Sicoob, com cobrança de 1,68% ao mês;
- Cetelem, com cobrança de 1,65% ao mês;
- BRB, com cobrança de 1,63% ao mês;
- CCB Brasil, com cobrança de 1,31% ao mês.
O importante, agora, de acordo com Sidney Oliveira, presidente da Febraban, é encontrar uma faixa de juros que seja justa para todos, a fim de que os bancos que deixaram de oferecer esse produto também possam reativar suas ofertas.
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