É extremamente comum que os brasileiros tenham inúmeros receios a respeito do que pode, ou não, acontecer pouco tempo após uma transição de governo. Afinal, são diversas as frentes que podem sofrer alterações diversas. E, nesse contexto, também entra a preocupação em relação a quanto terão que pagar nos combustíveis, mais especificamente na gasolina e no etanol.
Não há quem não tenha acompanhado as decisões de Jair Messias Bolsonaro (Partido Liberal – PL) a respeito desse assunto e não tenha criado expectativas sobre o que Luiz Inácio Lula da Silva (Partido dos Trabalhadores – PT) passaria a acatar durante sua gestão.
E, agora, já é possível saber como ficarão os preços desses combustíveis (e o bolso dos brasileiros) nos próximos dias.
Mais detalhes são apresentados durante a leitura dos tópicos a seguir.
Por que a gasolina e o etanol voltaram a ser tributados
É oficial: desde a última quarta-feira (01 de março), o etanol e a gasolina voltaram a ter tributos atrelados a seus preços, conforme decisão adotada pelo atual presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, e Fernando Haddad, que atualmente chefia o Ministério da Fazenda.
Cabe lembrar que tais tributos foram desonerados por Jair Messias Bolsonaro em 2022, antes das eleições.
Mas agora, após muita discussão, Lula e sua respectiva equipe chegaram à conclusão de que voltar a cobrar os tributos (75% para a gasolina e 21% para o etanol) é o melhor a fazer. O diesel, porém, seguirá sem tributação.
A tal decisão possui embasamento: em entrevista coletiva, Fernando Haddad comunicou que o objetivo dessa iniciativa é apenas um: prezar pela recomposição do orçamento público.
E a reoneração, de modo geral, será de R$ 0,47 para cada litro de gasolina, e de R$ 0,02 para cada litro de etanol. Sendo que os tributos que incidem sobre os combustíveis são o Cide, o Cofins e o PIS.
Veja também: Haddad pode taxar apostas digitais para compensar isenção do IR 2023
Quanto, afinal, o consumidor pagará a mais para abastecer
Uma vez que o foco está em buscar um equilíbrio entre receitas e despesas, o governo recorreu a uma reoneração parcial: essa foi a forma mais inteligente de prezar pelas arrecadações sem fazer com que a decisão pese sobre os bolsos dos consumidores.
Mas, de qualquer forma, tais consumidores podem, sim, esperar diferença nos preços na hora de abastecer seus veículos com gasolina ou etanol.
Isso por que, segundo cálculo realizado pela Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom) o preço de cada litro deve aumentar em média R$ 0,25 diretamente nas bombas. E isso levando em conta que a gasolina considerada do tipo A, especificamente, possui 23% de etanol.
Vale lembrar, porém, que essa é somente uma estimativa “por baixo”, uma vez que os distribuidores podem adequar o preço de acordo com o estabelecimento. Logo, os números encontrados em uma rede de postos não necessariamente serão os mesmos encontrados em outras.
Veja também: Moradores destas cidades vão receber o BPC antecipado em março