Aluguel mais caro em 2023; reajuste foi de 4,2% em janeiro e pode aumentar mais

Muitos brasileiros que não possuem casa própria começaram o ano tendo que lidar com um aluguel mais alto. E, ao que tudo indica, os preços para a locação de um imóvel residencial tendem a crescer ainda mais no decorrer de 2023.

A alta registrada em janeiro foi de 4,2%, quando comparada ao aumento mensal obtido em dezembro. Porém, existem ainda outros fatores que devem ser considerados nesse contexto.

A análise, como um todo, foi feita pelo Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), considerando quatro grandes capitais nacionais, sendo elas São Paulo, Belo Horizonte, Porto Alegre e Rio de Janeiro.

Aluguel mais caro em 2023; reajuste foi de 4,2% em janeiro e pode aumentar mais
Brasileiro pode não conseguir fugir do aluguel mais caro esse ano | Imagem: Tierra Mallorca / unsplash.com

O que deixou o aluguel mais caro em 2023

Se em dezembro de 2022 o preço do aluguel teve uma queda de 1,19%, em janeiro a aceleração rendeu um crescimento nada animador, de 4,2%.

O IVAR (Índice de Variação de Aluguéis Residenciais), por sua vez, consequentemente também teve um aumento considerável diante deste cenário, ficando na casa dos 10,74% agora no início de 2023.

Este levantamento, que vem sendo feito pelo FGV Ibre, teve sua atualização publicada no último dia 7 (terça-feira), e demonstra que, mesmo com a taxa anual tendo ficado maior, o aluguel mais caro neste momento ainda está consideravelmente abaixo do que foi registrado a partir do início de 2019.

O índice analisado, por sinal, esteve mais alto até mesmo entre 2021 e 2022, quando chegou em 11,56%.

De modo geral, essa alta identificada agora no começo de 2023 mostra que o IVAR foi diretamente influenciado pelo avanços nos preços, considerando as quatro capitais analisadas pelo FGV Ibre, sendo que em Porto Alegre o encarecimento foi muito maior no que nas demais cidades, como mostrado abaixo:

  • São Paulo: aluguel 2,84% mais caro;
  • Rio de Janeiro: aluguel 1,45% mais caro;
  • Belo Horizonte: aluguel 0,72% mais caro;
  • Porto Alegre: aluguel 10,15% mais caro.

Vale lembrar, por sinal, que todas essas cidades tiveram um recuo nos preços de seus alugueis em dezembro de 2022. Já Belo Horizonte, especificamente, foi a única que começou 2023 com recuo da taxa interanual, o que foi uma ótima notícia para quem aluga imóveis para morar na capital mineira.

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Inflação também deixa o aluguel mais caro esse ano

Outro fator que faz com que o aluguel esteja mais caro em 2023 é a inflação relacionada à construção civil: embora sua taxa tenha caído em relação a 2021, 2022 foi encerrado com uma taxa de 10,90%, segundo o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), que é sempre medido pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística).

Espera-se que o setor veja melhorias com o passar dos meses. Mas, ao menos por enquanto, os custos ligados à construção de um imóvel continuam altos. E isso, inevitavelmente, leva ao aluguel mais caro.

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