Criados para ajudar as famílias de baixa renda, os benefícios governamentais precisam ser acompanhados de perto, a fim de que se possa verificar o quão eficazes são em relação ao combate à pobreza. E com o Auxílio Brasil não seria diferente.
Em relação a este benefício, especificamente, as conclusões geradas a partir da auditoria do Tribunal de Contas da União não foram animadoras, envolvendo desde possíveis enganações, por parte das famílias cadastradas, até resultados que estão muito aquém do esperado.
Mais informações a seguir.
Constatações feitas pelo TCU, a respeito do Auxílio Brasil
O relatório gerado pela área técnica do Tribunal de Contas da União aponta que o Auxílio Brasil, criado no final de 2021 pelo governo de Jair Messias Bolsonaro (Partido Liberal), pode sim ter sido apenas uma jogada para substituir outro auxílio: o Bolsa Família.
Jogada essa que, ao que tudo indica, foi feita sem os estudos e o planejamento necessários, dados os resultados analisados pelo TCU.
Ocorre que, de acordo com auditores desse Tribunal, o Auxílio Brasil age privilegiando as famílias que possuem só um integrante, ao invés de beneficiar corretamente também aquelas que possuem adolescentes e crianças em seus núcleos.
Outro problema atrelado ao programa está no grande número de cadastros recebidos a partir do início de 2022: foi um número muito maior que o esperado, superando as estimativas do governo e, consequentemente, mostrando que muitos desses cadastros foram indevidos.
O resultado, de modo geral, não poderia ser mais desanimador: os custos mensais na tentativa de reduzir a pobreza foram maiores do que os custos que o Bolsa Família exigiria (considerando os anos em que esse segundo programa esteve ativo) e, ainda assim, não houve a redução esperada.
Muito pelo contrário:
De alguma forma, o Auxílio Brasil conseguiu gerar uma desigualdade ainda maior entre as famílias cadastradas, no que diz respeito à renda per capita.
A conclusão à qual chegou a auditoria do Tribunal de Contas da União é simples e clara: este auxílio não só não foi capaz de diminuir a desigualdade e a pobreza no país, como também se mostrou claramente menos eficaz que o Bolsa Família.
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A esperança está no antigo Bolsa Família, que terá seu retorno no governo Lula
Uma das grandes promessas do novo presidente eleito, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) é o retorno do seu principal programa social: o Bolsa Família.
Uma vez aprovada a respectiva PEC (Proposta de Emenda à Constituição) sobre o assunto, o programa não só terá seu retorno, como também será mais robusto que o atual Auxílio Brasil.
Será de R$ 600,00, acrescidos de R$ 150,00 para cada criança de até 6 anos que compor a família cadastrada.
O foco estará em atender somente as famílias realmente necessitadas e, com isso, buscar a redução da pobreza no país.
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